Sarah
domingo, 28 de agosto de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Um Dia Frio
meu corpo parece congelar
pouco a pouco,
mas não tenho coragem
de proteger meu corpo do frio.
A cidade parece dormir,
apesar de todo o burburinho
de vozes e carros que se faz perto de mim,
mas eu aqui, a comtemplar o frio.
Olho um girassol,
admiro sua beleza,
como pode flor tão bela
nascer entre o concreto?
Chega parecer ser a prova
de que sempre existe esperança
entre a podridão.
Sinto-me abandonada
mesmo estando ao lado de tantas pessoas,
talvez seja a tua ausência,
o te ver ao lado de outro alguém
quando eu deveria estar te enchendo o saco
só pra que você me notasse.
Mas tudo bem,
a essa altura você é apenas um grande idiota;
já não sinto o apreço de antes,
tudo mudou,
assim como o som da chuva parece ser tão diferente
do que quando era criança.
Perco-me entre os prédios,
montanhas de pedras,
símbolo de como tudo
é tão desigual, tão injusto.
Sinto o calor sair de minhas mãos,
o frio se apodera de meu corpo,
gostaria de neste momento
me esconder em mim mesma,
tornar-me invisível
e não ser obrigada a falar,
quando o silêncio torna-se tão essencial.
domingo, 3 de julho de 2011
A Partida
domingo, 26 de junho de 2011
Tarde de domingo
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Recomeço
Talvez eu já esteja cansada de sofrer pelas mesmas coisas; talvez eu só queira um pouco de paz; talvez o meu mundinho seja complicado demais para a minha cabeça; talvez eu esteja cansada de toda essa farsa, de parecer ser quem não sou, de viver uma mentira, na qual não há razão alguma.
Acho que estou cansada de chorar, sempre pelas mesmas coisas, não vou mais me fazer de coitadinha. Chega. Não é preciso transparecer a dor que guardo em meu peito. Talvez tudo se resuma em um simples “estou com sono”, não é preciso muito mais que isso, as pessoas insistem em acreditar que te conhecem bem o suficiente para saber o que se passa em seu interior.
Parar de me comparar aos outros talvez seja uma boa opção; parar de me condoer pelos meus fracassos ou sucessos incompletos; não preciso ser sempre o centro das atenções; não preciso me lastimar para ninguém, sofrer sozinha é tão mais fácil; não preciso sempre vencer, sempre ocupar as melhores posições, não creio que essa seja a verdadeira razão da vida.
É claro que sempre virá à dor acompanhada do choro, é isso o que a decepção faz; então, por alguns momentos, posso até me sentir incapaz, inferior a quem é igual a mim, ou pelo menos semelhante, posso levar meus pensamentos para longe, deixar que apenas meu corpo permaneça na Terra; mas tudo bem, não vou esperar que sequem minhas lágrimas, que quem nunca me estendeu a mão venha me consolar, antes, procurarei secar, eu própria, minha face e recomeçar uma nova jornada, rumo a realização do impossível.
“Sei que posso alcançar todos os meus objetivos se realmente almejá-los.”
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Grite
Não, não é culpa sua,
a culpa é dessa sociedade
que não quer te ouvir.
Não, não é culpa sua,
a culpa é dessa sociedade
que não te deixa falar.
Então grite,
grite,
mostre para eles aquilo
que tanto quer falar,
mostre para eles a verdade,
que mesmo já conhecendo,
eles não querem ouvir.
Pare de mendigar teu pão,
admita para si mesmo
de que não precisa deles,
chega de abanar o rabo,
teus filhos terão vergonha
das suas atitudes mesquinhas,
chega de tanta opressão.
Não, não feche os olhos,
não imagine um mundo perfeito,
o mundo é uma droga alucinante,
sempre será assim,
não há como mudar,
então para que imaginar?
não existe uma perfeita perfeição,
é tudo muito irreal,
deixe tudo como está e venha,
vamos caminhar.
Talvez esteja na hora
de uma revolução,
jogue a venda fora e...
Grite!
Grite!
Talvez essa seja a solução, então...
Grite!
Grite!
Vamos fazer a nossa própria revolução.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A Procura da Felicidade
Estou com medo. Há um constante barulho de água caindo, e isso me irrita. Minhas pálpebras estão pesadas, mas algo me impulsiona a escrever. Penso nas mil e uma burradas que já fiz, lembro-me da única pessoa que me amou verdadeiramente, de como massacrei seu pobre coração com minhas próprias mãos. Crueldade? Costumo chamar isso de inocência, eu era só uma criança e não sabia o que estava fazendo.
Fecho os meus olhos, permaneço assim por alguns segundos, posso enxergar cada uma das pessoas que amo diante dos olhos, sinto afligir-me o peito, por quanto tempo conseguirei mantê-los em minhas mãos? Solidão. A palavra soa-me forte demais, então é assim, no final a gente sempre acaba ficando só, então... Por que temer? Já devíamos estar acostumados, não?
“Talvez você não consiga aquilo que realmente quer...”, assim dizia o meu bom e velho amigo Renato, rio só, era para ser depressivo, mas não, não consigo conter um leve e curto sorriso. Se ao menos soubesse aquilo que realmente quero... Se tivesse coragem de admitir para mim mesma... Se, se, se... A frase ressoa um pouco mais forte em meus ouvidos, mas meu corpo inerte se recusa a ouvir qualquer coisa, por menor que ela seja.
Sinto-me hipócrita, estou numa constante disputa, disputo contra meus melhores amigos e a troco de quê? A troco de nada, no final ninguém saberá quem venceu, ninguém vencerá, chegaremos todos no mesmo ponto, uns primeiro, outros depois, mas, que importa? Todos chegarão lá, mais cedo ou mais tarde todos chegarão. Fico imaginando o que é pior, errar e achar que está certo ou errar mesmo sabendo estar errado, ir contra seus próprios ideais. Não sei ao certo, mas sei que é isto o que me torna hipócrita.
Quero fugir, fugir de mim mesma, ir para alguma casinha de sapê no meio do nada, longe de tudo e de todos, uma dessas casinhas de madeira e telhado de palha, só eu e o nada. De essencial, apenas os livros, alguns papéis e um lápis, o resto não passaria de banalidades. Quero sentir a chuva molhar meu corpo, lavar minha alma; quero sacudir os pés no riacho; sentir o vento bater no meu corpo, sacudir meus cabelos; quero o sol queimando minha pele; colher as flores molhadas de orvalho pela manhã; ver o pôr do sol, sentada numa cadeira de balanço, na varanda de casa; sentar-me a beira de uma fogueira, ao som de um violão, viola, gaita ou, simplesmente, uma flauta doce, deixar que apenas as estrelas cubram o meu corpo; no mais completo vazio, na mais completa solidão.
Alguns dizem que meu sonho de consumo é pequeno demais, que é bem simples ou que não passa de uma forma de tentar fugir dos meus problemas, outros, que desejo o paraíso, mas há também quem diga que devo estar ficando louca, eu, digo apenas que quero ser feliz.