segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um Dia Frio

Está tão frio,
meu corpo parece congelar
pouco a pouco,
mas não tenho coragem
de proteger meu corpo do frio.

A cidade parece dormir,
apesar de todo o burburinho
de vozes e carros que se faz perto de mim,
mas eu aqui, a comtemplar o frio.

Olho um girassol,
admiro sua beleza,
como pode flor tão bela
nascer entre o concreto?
Chega parecer ser a prova
de que sempre existe esperança
entre a podridão.

Sinto-me abandonada
mesmo estando ao lado de tantas pessoas,
talvez seja a tua ausência,
o te ver ao lado de outro alguém
quando eu deveria estar te enchendo o saco
só pra que você me notasse.

Mas tudo bem,
a essa altura você é apenas um grande idiota;
já não sinto o apreço de antes,
tudo mudou,
assim como o som da chuva parece ser tão diferente
do que quando era criança.

Perco-me entre os prédios,
montanhas de pedras,
símbolo de como tudo
é tão desigual, tão injusto.

Sinto o calor sair de minhas mãos,
o frio se apodera de meu corpo,
gostaria de neste momento
me esconder em mim mesma,
tornar-me invisível
e não ser obrigada a falar,
quando o silêncio torna-se tão essencial.

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