segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um Dia Frio

Está tão frio,
meu corpo parece congelar
pouco a pouco,
mas não tenho coragem
de proteger meu corpo do frio.

A cidade parece dormir,
apesar de todo o burburinho
de vozes e carros que se faz perto de mim,
mas eu aqui, a comtemplar o frio.

Olho um girassol,
admiro sua beleza,
como pode flor tão bela
nascer entre o concreto?
Chega parecer ser a prova
de que sempre existe esperança
entre a podridão.

Sinto-me abandonada
mesmo estando ao lado de tantas pessoas,
talvez seja a tua ausência,
o te ver ao lado de outro alguém
quando eu deveria estar te enchendo o saco
só pra que você me notasse.

Mas tudo bem,
a essa altura você é apenas um grande idiota;
já não sinto o apreço de antes,
tudo mudou,
assim como o som da chuva parece ser tão diferente
do que quando era criança.

Perco-me entre os prédios,
montanhas de pedras,
símbolo de como tudo
é tão desigual, tão injusto.

Sinto o calor sair de minhas mãos,
o frio se apodera de meu corpo,
gostaria de neste momento
me esconder em mim mesma,
tornar-me invisível
e não ser obrigada a falar,
quando o silêncio torna-se tão essencial.

domingo, 3 de julho de 2011

A Partida

Às vezes sinto medo de te perder, de derrepente sentir teu corpo frio, de te chamar e nao ouvir sua voz me responder, de te sacudir e sentir como se sacudisse uma boneca. Chego a chorar quando percebo quão frágil é a vida e o quanto a distância entre nós pode se tornar fatal, queria poder te prender a mim e te levar pra onde quer que eu fosse, mas sei não ter esse poder em minhas mãos.


Gostaria poder pedir pra que você nuca me abandonasse, entã você diria que jamais me deixaria porque não podes viver sem mim, porque a sua vida gira em torno da minha; mas de que adiantaria se cedo ou tarde serás forçado a me deixar? Seria como pedir para que o vento não mais soprasse e que as ondas não mais banhasse a praia e, contudo, tudo continuaria igual, pois eu sou pequena demais para que possa governar o universo.


É tão triste saber que um dia hei de te perder, que tudo vai mudar e terei de aprender a caminhar sozinha, que já não me colocará para dormir, me obrigará a comer e me dará broncas; que não cuidará de mim e não me dará carinho. Como podes ser tão protetor e ao mesmo tempo esperar que eu me adapte a solidão? Como podes querer que eu aprenda a viver só quando sempre permaneceu ao meu lado? Eu só quero que permaneças ao pertinho de mim e diga que me ama, que me abraces e me faças sentir protegida, acaso isso é pedir demais?

Serás a vida tão cruel a ponto de não poder me concerder meu único desejo? O mais simples de todos, o mais fácil de ser realizado? Como seria a vida sem você? Não suportaria a dor de te perder, não mais sentir teu cheiro e teu perfume, ter de suportar a tristeza, sentir o cheiro das flores cobrindo teu corpo, sentir teu calor se dessipando e não mais ter o retorno de sua voz ante as minhas perguntas.

E mesmo se eu gritar sei que não vais me ouvir, e não podereis pedir para que voltes, e ouvireis o som da chuva lá fora como se fosse Deus a chorar minha tristeza. Nunca podereis te perdoar por me deixar, mesmo sabendo não ser sua culpa, mesmo acreditando em destino - nunca me perdodarei por não ter te dado mil e um beijos ao invéz mil, por não ter dito mais uma vez a imensidão do meu amor -, contudo meu amor será eterno, esperarei a sua volta todos os dias, mesmo sabendo ser, esta, impossível, mas é que meu arco-íris sem você não tem cor, é imcompleto, o que me faz ter a certeza de que te esperarei a todo instante. Quando você partir e me deixar, assim, tão só, meu único remédio será esperar, esperar e me enganar, para que eu possa acreditar que um dia irás voltar.